domingo, 8 de agosto de 2010

Papai! Amigo!

Postado pelo "Tempos de Deus", Um ministério de Amor.


dia-dos-paisPai, quanto emoção sentimos quando nos damos conta de que fomos agraciados com o dom da paternidade, e, naturalmente, também da maternidade!

Guardo ainda na lembrança a forte emoção que senti quando do nascimento de meu primogênito, Vander. Depois de tomá-lo nos braços e apertá-lo bem junto do coração, eu não conseguia me conter de alegria, dizendo para mim mesmo: “É incrível, eu sou pai!”

Quando deixei o hospital naquele dia, entrei em meu fusquinha e saí como um doido, passando pelas casas dos irmãos da igreja para comunicar-lhes o fato. E justamente eu que achava ridícula a atitude eufórica dos pais ao comunicarem o nascimento de seus filhos. Enfim, chegou a minha vez!

Essa emoção foi se repetindo com a chegada das filhas, Vanice e Vanessa. Agora, acrescido de uma preocupação a mais: “Estaria eu preparado para criar filhas?” A verdade é que não estava preparado convenientemente nem para criar o filho, quanto mais as filhas. O fato é que sentia-me, como ainda me sinto, profundamente privilegiado pelo dom da paternidade, que graciosamente me foi concedido pelo Pai celestial. Com o tempo, porém, cheguei à conclusão de que o maior privilégio continua sendo o fato de ser filho do Pai. Como disse um saudoso amigo, Dr. Jacy Leite, dias antes de sua morte: “Fico feliz em pensar que vou morar para sempre num lugar onde jamais serei pai, somente filho”. Naturalmente, ele se referia ao fato de que ia para o céu e não teria mais nenhuma preocupação de cuidar de filhos.

O nome Pai, em referência a Deus, é muito caro a nós. É um nome extremamente carinhoso que nos traz muito conforto. Jesus nos ensinou a chamar Deus de “nosso Pai”. Todavia, o uso que fazemos desse nome não tem a mesma conotação que tem para Jesus. Para Ele é uma questão de essência, pois o Filho é da mesma natureza do Pai. É ímpar o uso que Jesus faz desse nome, pois Deus é nosso Pai numa conotação bem diferente. Por causa da nossa salvação é que podemos chamar Deus de Pai. Em amor, Deus nos adotou como Seus filhos. Todavia, Jesus fez questão de dizer que Deus era “meu Pai e vosso Pai”…

Numa noite fria e escura, quando faltou luz em nossa casa, Vander, com cerca de três anos, amedrontado, pulou de seu berço para a nossa cama. Agarrado ao meu pescoço, embaixo da coberta, sussurrou: “Papai amigo, papai amigo!” Sem dúvida alguma, essa foi para mim a melhor interpretação, ou aplicação, da expressão bíblica “Aba-Pai”. Hoje, quando me sinto perplexo e inseguro diante dos temporais da vida, neste mundo hostil e assustador, volto meu pensamento àquele momento da infância de meu filho. Então relembro aquelas palavras carregadas de emoção e confiança, e considero: Se eu, sendo tão imperfeito e pecador, consegui transmitir segurança e paz a meu filho, quanto mais o nosso Pai do céu!? Oh, bendita consolação, eu tenho um Pai no céu! Um Papai amigo e compassivo, que me aconchega e me sustenta; que me anima, dá-me força e coragem em meio ao desalento de uma da noite escura e fria!

Ainda que o céu desabe sobre nós, podemos nos achegar confiantemente aos braços ternos e meigos de nosso amado Pai. Em Seus braços estamos seguros em meio às intempéries deste mundo. Podemos descansar, na certeza absoluta de que temos um Papai amigo a nos proteger e guardar, todos os dias, em todo o tempo. Ou seja, devemos manter afinidade com o nosso Pai celeste através das nossas orações, em todas as circunstâncias. E este é o nosso grande desafio: Orar sem cessar! Temos um Pai no céu, Ele é digno de nossa inteira confiança! Deus, na pessoa de Jesus Cristo, cuida de nós como amigo: “Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos. Vós sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando” (Jo 15.13-14). Por isso o nosso relacionamento com Ele torna-se familiar, íntimo, como um pai amigo. Deus é nosso Pai, o nosso “papai amigo”.

“Pai dos órfãos e juiz das viúvas é Deus em sua santa morada. Deus faz que o solitário more em família; tira os cativos para a prosperidade; só os rebeldes habitam em terra estéril” (Sl 68.5-6).

Posso dizer “Aba, Pai! Meu Papai do Céu!”, porque sou filho do Pai, “herdeiro de Deus e co-herdeiro com Cristo”. A Ele toda glória e honra por minha formação e nascimento. Ele me amou desde quando me concebeu, antes dos tempos eternos. Isto é, de fato, maravilhoso!

Como é bom saber que Deus nos amou de tal forma que enviou Seu Filho amado, Jesus Cristo, ao mundo para nascer numa estrebaria, já sofrendo desde a infância, viver, morrer e ressuscitar para nos salvar.

O Senhor mesmo vai prover, a cada dia de nossa vida na terra, os meios e as condições necessárias para chegarmos a cumprir os Seus santos propósitos.

“Porque ele tem dito: De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei. Assim, afirmemos confiantemente: O Senhor é o meu auxílio, não temerei; que me poderá fazer o homem?” (Hb 13:5-6).

Pr. Vanderlei Faria
Colaborador deste Portal
pastorvanderleifaria@yahoo.com.br