sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Crise de integridade

Postado em: "Tempos de Deus", Um ministério de Amor.

Crise de integridade | Pr. João Antônio Souza Filho
Soube recentemente que o Distrito Federal que compõe o Plano Piloto e as cidades ao redor tem cerca de 800 mil evangélicos ou 40% da população. Que diferença isto faz na sociedade brasiliense? Que diferença faz a grande percentagem de evangélicos em cidades como Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Anápolis e Goiânia com alto percentual de evangélicos?
O reflexo da infertilidade social dos evangélicos, e da falta de integridade pode ser visto na câmara dos deputados e no senado. Com raríssimas exceções, poucas são as vozes que gritam como João Batista no deserto e dizem a Herodes que ele é um corrupto!
O Brasil nesses dias vive as conseqüências da falta de integridade – é de se esperar que as pessoas que não têm temor de Deus ajam como queiram, sem respeitar o direito dos órfãos, das viúvas, dos aposentados, mas é inadmissível que muitos membros da chamada bancada evangélica estejam corrompidos pelo sistema político de Maquiavel. Tudo bem que na última eleição pra presidente da nação Lula tenha dito: “Eles não sabem do que somos capaz!” E que a Dilma tenha dito que apelaria até pro Diabo pra ganhar a eleição, mas não se pode admitir essa falta de integridade naqueles que se dizem nascidos de novo e que nos representam na Câmara Federal e no senado. Alguns ali na Câmara são pastores, bispos, líderes denominacionais que entraram no jogo sórdido e sujo das artimanhas de Maquiavel.
Mas, não podemos condenar apenas os políticos. Algumas das principais lideranças denominacionais estão presos ao sistema denominacional e tentam se livrar do odor de enxofre satânico que exala das estruturas podres de suas denominações. Em vez de exalarem o bom perfume de Cristo, exalam a murrinha do diabo. O mesmo jogo do engano e das sutilezas políticas invadiu as convenções, os concílios, os sínodos, os presbitérios – dê o nome que quiser – e transformaram suas denominações num grande partido político. Quando se reúnem, Deus fica bem distante do plenário!
As pessoas não cristãs quando olham para as denominações não a veem apenas como igrejas, mas como partidos políticos; e não respeitam os crentes como discípulos de Cristo e os têm como militantes de partidos políticos, como daqueles de que fazem parte.
Viajo constantemente pelo Brasil e quando perguntado sobre o que faço, respondo que sou escritor – o que de fato o sou – porque se disser que sou pastor, a pessoa ao meu lado vira a cara pra janela e não quer mais conversa comigo. Por que? Porque existe uma classe mal-cheirosa de pastores que rouba, e alardeia seus feitos, mostra sua ganância em luxuosos aviões, carros caríssimos importados e pela televisão não se cansam de pedir dinheiro.
Os membros das igrejas – muitos deles – não são culpados pela corrupção que grassa suas denominações, porque amam mais a Cristo e até ignoram o sistema de sua denominação. Diferentemente de seus líderes que tentam escorar as estruturas corroídas de cupim e de imoralidade de suas igrejas.
Os evangélicos vivem uma crise de integridade! Precisam se arrepender de seus pecados. A nação brasileira está do jeito que está porque as igrejas têm uma grande parcela de culpa elegendo pessoas sem caráter em troca de uma sandália ou de algumas telhas pra sua capelinha.
O joio cresceu no meio do trigo e só nos resta esperar a hora da ceifa quando o Pai disser, “separem o joio, queimem-no, e tragam o trigo para o meu celeiro”. Digo a você, meu irmão: Não se preocupe com esses imbróglios da política por onde escorre a maldade, a malignidade, a mentira e a coação.
Consagre-se mais a Deus; veja menos noticiário político; agarre-se à sua Bíblia e à oração, do contrário todos nós seremos varridos pelo Tsunami da imoralidade e da nefasta política.
Está na hora de haver uma grande revolução; não no mundo, mas na igreja; revolução de integridade e ética. Só assim a igreja, e não os políticos mudarão os rumos de nossa nação.