quinta-feira, 3 de junho de 2010

A pastora das desgarradas

Postado pelo "Tempos de Deus", Um ministério de Amor.

DGM Noticias Evangélicas do mundo hoje.

Como Priscila Mastrorosa atrai para a igreja bola de neve polêmicas musas do imaginário masculino

Jesus Cristo era um personagem vip. Tinha um temperamento tão agradável que na primeira vez que encontrou seus discípulos os convidou para ir à balada. Mesmo no meio de bêbados e mulheres marginalizadas, o filho de Deus mantinha seus princípios. Continuaria comportado ainda que se deparasse numa festa com a desregrada Maria Madalena, de copo na mão, dizendo: “E aí, Jesus, você vem sempre aqui? Shake your body! (mexa seu corpo!)” Essa leitura sui generis da passagem do Filho de Deus pela Terra pode parecer uma blasfêmia para a maioria das pessoas, mas tem sido a pedra fundamental do discurso de evangelização da pastora Priscila Mastrorosa, 36 anos, da igreja Bola de Neve. É com essa linha de pregação que ela arrebanhou os mais de 1.200 fiéis que frequentam seu templo localizado na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Não por acaso, ela fala a língua deles. A grande maioria dos presentes nos cultos é de jovens com jeito de surfista, cabelo rastafári, bermudões e tatuagens. Algumas vezes, a pregação de Priscila é interrompida por gargalhadas. “A mensagem de Deus não pode ser algo chato, maçante”, justifica. Nesse estilo, a líder religiosa cativou pessoas conhecidas, entre elas ex-símbolos sexuais como Regininha Poltergeist, Marinara Costa ou Georgiana Guinle. Com mais outras três subcelebridades convertidas, está produzindo “Boladas”, um programa de debates para a tevê. Também escreveu uma comédia teatral e planeja lançar até novelas. Tudo em nome de Jesus.

Do debate, que será uma espécie de “Saia Justa” (programa feminino do canal pago GNT) evangélico, já foram gravados pilotos discutindo temas como drogas e sexo. “Essas coisas (drogas) acontecem pela falta de Jesus”, conta Regina Oliveira, que na década de 80 povoava o imaginário masculino como a sexy Regininha Poltergeist, estrela nua de várias capas de revista. “Quanto ao sexo, é preciso ter cuidado, escolher a pessoa certa, ou então vai se relacionar com meio mundo e, no final, se sentir infeliz.” A pastora adianta que a pauta de discussões do programa seguirá assim, sem limitações. “Podemos tratar de qualquer assunto, desde que seja para passar valores de família, de vida”, explica Priscila. “Aqui não discriminamos ninguém, talvez isso tenha atraído essas mulheres para a igreja Bola de Neve.” A atriz Luciana Bessa (ex-“Malhação”), que com as atrizes Roberta Foster e Giselle Policarpo completa o grupo das seis “Boladas”, confirma essa impressão. “Não ouvi broncas, apenas orientação. Antes encarava o sexo como algo casual, hoje não.” Luciana é casada com um integrante da igreja.

A própria pastora já andou por caminhos tortuosos, digamos assim. Apesar de seus pais seguirem a religião batista, também protestante, ela se afastou dos cultos na adolescência. “Aos 15 anos fui para uma praia paulista, onde surfava e fumava maconha”, diz. Seguiu os passos de seu irmão, Rinaldo, que também gastou boa parte da adolescência surfando, usando drogas e só voltou a praticar a religião após contrair hepatite. “Meu irmão contou que teve uma experiência com Jesus. Eu dizia apenas: ‘Que bom para você’”, recorda. Três anos depois, por um motivo prosaico, foi a vez de Priscila se reconverter. Uma noite estava na praia, quando uma amiga perdeu a chave do carro. Então, ela prometeu a Deus que, se encontrassem a tal chave, se tornaria pastora. “Achei o chaveiro logo em seguida. Então resolvi cumprir a promessa.” Foi estudar teologia e pouco depois iniciou a parceria com o irmão, que havia criado a Bola de Neve. É casada há dez anos com o pastor Gilson, também integrante da igreja. O casal não tem filhos.

Apesar de embalar a pregação com cores modernas e joviais, no conteúdo a Bola de Neve não difere de outras denominações evangélicas. Defende o temor a Deus sem contestação, critica ícones das religiões afro-brasileiras e as práticas da Igreja Católica. A pastora refuta a bebida e o cigarro, define o homossexualismo como um comportamento que pode ser mudado caso a pessoa encontre Deus e desaconselha o sexo casual. “O que dizemos é que a relação sexual deve acontecer depois do casamento. Mas, se rolar, que seja com camisinha ou pílula anticoncepcional”, afirma. A informalidade, no entanto, dá outro tom a essas ideias tradicionais. Quando comenta sobre o comportamento daqueles que resistem à conversão, ela mais uma vez usa a linguagem dos jovens. “Quer continuar a ser um ‘manezão’? Não quer se transformar? Você é quem sabe…”, ameaça. Tanto Priscila quanto seu marido, o pastor Gilson, sabem que essa forma descontraída de falar combina com a linguagem da tevê e dos palcos. Por isso, “Boladas” deve ter um ritmo bem mais dinâmico do que os programas evangélicos tradicionais.

O próximo passo é montar em um teatro carioca uma comédia na qual Roberta Foster, que aparecia seminua como a Eva do programa “Zorra Total”, na Rede Globo, viverá o papel de… Eva. “Mas, dessa vez, será o verdadeiro personagem bíblico”, diz a pastora Priscila. Ainda está por vir um debate esportivo e um projeto de filme. Se depender do senso midiático de sua líder religiosa, a Bola de Neve fará jus ao nome e arrebanhará cada vez mais ovelhas.

Extraído de: ADBERJ


Extraído da Revista ISTO É

Pastorado Feminista: O que a Bíblia diz?

Postado pelo "Tempos de Deus", Um ministério de Amor.

Postado por: O Criador & Criatura


“A mulher aprenda em silêncio, com toda a sujeição. Não permito, porém, que a mulher ensine, nem use de autoridade sobre o marido, mas que esteja em silêncio. Porque primeiro foi formado Adão, depois Eva. E Adão não foi enganado, mas a mulher, sendo enganada, caiu em transgressão”.
(1 Tm 2.11-14 ACF)

Não há dúvida de que este texto, atualmente, é uma das passagens mais impopulares do Novo Testamento. Alguns buscam descredenciá-lo, seja afirmando que seu uso se restringia a época em que Paulo o escreveu; ou ainda, os que advogam que o mesmo não teria sido escrito por Paulo, mas por outra pessoa no século II.
Meu alvo nesse artigo é demonstrar que não há nada de cultural nesse texto, ao contrário, o mesmo faz parte do perfeito projeto de Deus para humanidade. Aquilo que se chama de “a ordem estabelecida por Deus na criação”. Por isso para compreendê-lo melhor começaremos por analisar a base usada por Paulo. O capítulo 3 do livro Gênesis.

I. Deus Estabeleceu Uma Ordem na Criação (Gn 3)

Em Gn 3.1 a serpente, “a mais astuta” de todos os animais, se dirige a mulher e fala… Analisando o comportamento da serpente, poder-se-ia perguntar: O que estaria por trás da atitude da serpente em se dirigir, em primeiro lugar, diretamente à mulher para falar-lhe e não a Adão? Essa é a primeira pergunta a ser feita na leitura desse texto.

Vale ressaltar que Deus havia estabelecido uma ordem na criação. Observe: Em primeiro lugar, o homem (Adão) após ser criado foi colocado por Deus como líder e guardião do jardim de Deus, “domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves do céu, e sobre o gado, e sobre toda terra, e sobre todo réptil que se move sobre a terra” (Gn 1.26); Tomou, pois, o Senhor Deus o homem, e o pôs no jardim do Éden, para o lavrar e guardar” (Gn2.15). Nessa perspectiva, Adão não apenas era o líder do Jardim como também era o líder de sua família. Isso fica muito claro quando Deus afirmou: “far-lhe-ei uma ajudadora que lhe seja idônea” (Gn 2.18b). Desta forma, Eva complementava Adão (não é bom que o homem viva só Gn 2.18a) e Adão complementava Eva. Contudo, foi a Adão que Deus instituiu a responsabilidade de liderança do jardim e da família.

Satanás sabedor de que há uma ordem estabelecida por Deus em toda criação. E em relação ao ser humano, o homem deve assumir a responsabilidade de liderar, e de ensinar a sua família. E de que a mulher deveria apoiar com alegria aquela liderança estabelecida por Deus. Acontece que satanás quer destruir, a qualquer custo, ponto principal da criação de Deus. O homem e a mulher, ambos, imagem e semelhança de Deus. Satanás então desfere seu ataque de modo sutil na ordem estabelecida por Deus. Veja a maneira como ele fez isso.

Satanás vê Adão, mas não lhe dirige a palavra. Ele olha para Eva e de forma sutil a trás para o lugar de liderança quando lhe dirige a palavra e começa um diálogo com ela. É exatamente nesse momento que Adão, falhou. Aqui, fica claro que a primeira falha, na queda, foi de Adão que não exerceu o seu papel de líder como deveria ser.(1) Se Adão fosse o líder cuidadoso como deveria ser, Adão teria dito: “Eva pare”! “Esta serpente quer nos enganar. Deus é muito bom e perfeito. Deus sabe, tem e quer o melhor para nós”. Todavia, infelizmente Adão abandonou a ordem que Deus havia estabelecido e o desastre aconteceu.

O ponto principal nesse texto não é que a mulher é mais vulnerável ou mais facilmente iludida do que homem como, equivocadamente, advogam alguns. A questão é que nós nos tornamos facilmente iludidos quando abandonamos a ordem estabelecida por Deus. Da mesma maneira hoje, satanás quer destruir a igreja, os casamentos, e a sociedade fazendo com que as pessoas quebrem a ordem estabelecida por Deus.

II. Interpretando 1 Tm 2.11-14

Nesse texto existem três palavras que são fundamentais para compreensão do mesmo. A saber: silencio, ensino e autoridade.

2.1 – O significado da palavra silêncio. A mulher aprenda em silêncio, com toda a sujeição (2 Tm 2.11). O que significa quando Paulo afirma que mulher deve aprender em silêncio? Vale notar, que o contexto é de aprendizagem e ensino, “a mulher aprenda em silêncio”. Mas que silêncio é esse? Será que a mulher não pode ter nenhum tipo de palavra na igreja? Eu penso que não, observe.

A palavra silêncio é tradução da palavra grega hesuchia que tem como significado primário calmo, tranqüilo, e sossegado.(2) Esse significado é usado em seu contexto imediato em 1 Tm 2.2: “… para que tenhamos uma vida quieta e sossegada (hesuchia), em toda a piedade e honestidade”. Eles oravam para que a vida fosse sossegada, calma e tranqüila.

Na língua portuguesa existe uma conotação diferente entre a palavra sossegado, tranqüilo e silêncio. Razão pela qual a palavra grega hesuchia traduzida como silêncio no versículo 12 tem seu melhor significado como: prestar atenção de forma tranqüila, inclusive guardando silêncio (no momento da aprendizagem).(3) É um sossego como postura de aprendizado e submissão.(4) Observe que essa realidade é comprovada dentro do próprio texto, em que a palavra hesuchia (tranqüila, traduzida como silêncio), no versículo 11, é uma expressão de sujeição ou submissão (a mulher aprenda em silêncio com toda sujeição), e também no versículo 12 a palavra hesuchia (sossegada, silencio) está em oposição a autoridade do homem (“não permito, porém, que a mulher ensine, nem use de autoridade sobre o homem…”). Logo, hesuchia significa que as mulheres não deveriam falar na igreja de maneira a questionar a autoridade do homem (o pastor).

2.2. O significado da palavra ensino

“Não permito, porém, que a mulher ensine, nem use de autoridade sobre o marido, mas que esteja em silêncio” (1 Tm 2.12). Qual a abrangência da palavra ensino aqui dirigida as mulheres? A resposta estará em outros textos do N.T. onde a mulher ensina. Por ex. Tito 2:3 “As mulheres idosas, semelhantemente, que sejam sérias no seu viver… Para que ensinem as mulheres novas a serem prudentes…”. Logo, existe um tipo de ensino que as mulheres estão realizando.

O segundo texto: 2 Tm 3.14 2 “Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido, e que desde a tua meninice sabes as sagradas Escrituras…” Mas quem ensinou Timóteo foi sua vó Lóide e sua mãe Eunice (2 Tm 1.5), uma vez que seu pai não era cristão.

Uma terceira descrição de mulheres ensinando no N.T. está em At 18.26 “Ele começou a falar ousadamente na sinagoga; e, quando o ouviram Priscila e Áqüila, o levaram consigo e lhe declararam mais precisamente o caminho de Deus”. Aqui, claramente, Priscila e seu marido estavam ensinando Apolo.

Em suma, o N.T. apresenta mulheres mais velhas ensinando as mais novas, mulheres ensinando crianças e mulher com seu marido ensinando outro homem em uma situação informal. Portanto, quando Paulo diz: “Não permito, porém, que a mulher ensine, nem use de autoridade… mas que esteja sossegada (em silêncio)” (1 Tm 2.14). Paulo está afirmando que a mulher não deve ensinar quando seu ensino for parte de um exercício de autoridade sobre a igreja. O próprio versículo 14 demonstra essa realidade quando faz a ligação da palavra ensino com autoridade (ensine, nem use de autoridade). No meu entender, há uma razão para que Paulo faça essa conexão da palavra ensino com a palavra autoridade.

A razão pela qual a segunda frase (nem use de autoridade) influencia o significado da primeira (que a mulher ensine) é que existem outras passagens na Bíblia que diz que a mulher pode ensinar na igreja. Logo, é errado afirmar que a mulher não pode ensinar nunca em qualquer situação. O que o apóstolo afirma é que a mulher não deve ensinar na Igreja quando seu ensino for parte de um exercício de autoridade sobre a igreja.

2.3. O significado da palavra autoridade

Para se compreender o que significa a palavra autoridade em 1 Tm 2.14 é preciso observar os dois aspectos do ofício do pastor (ou do presbítero) que não pertence ao diácono. Isso pode ser constato analisando 1 Tm 3 juntamente com 1 Tm 5.17, que diz: “Os presbíteros (ou pastores) que governam bem sejam estimados por dignos de duplicada honra, principalmente os que trabalham na palavra e na doutrina”.

Vale citar que as duas diferenças principais entre os pastores (e presbíteros) e os diáconos é o ofício de presidir e o de ensinar. Observe que na lista de qualificações dos pastores (1Tm3), estes precisam ser aptos para ensinar. Mas, aos diáconos não é exigido essa prerrogativa. Assim, pastores e presbíteros são chamados a serem supervisores e mestres no ensino, diáconos não. Portanto, governar e ensinar são as duas prerrogativas que diferenciam pastores (e presbíteros) de diáconos.

Voltando a 2 Tm 2.12, veja que é exatamente essas duas coisas que são proibidas para as mulheres. Eu não permito que a mulher ensine e que exerça autoridade sobre o homem. Diante dessa afirmativa de Paulo, chega-se a seguinte conclusão para o texto de 1 Tm 2.11-14: No mínimo Paulo está dizendo que não permite que uma mulher seja pastora ou presbítera. Se o texto vai além desse significado pode ser aprofundado, mas no mínimo significa isso.

CONCLUSÃO

Ficou demonstrado que Deus estabeleceu uma ordem na criação. Adão abandonou a ordem estabelecida por Deus. Quando o ser humano abandona a ordem criada por Deus se torna vulnerável ao desastre.

O ponto principal em Gn 3 não é que a mulher é mais vulnerável ou mais facilmente iludida. A questão é que o ser humano se torna facilmente iludido quando abandona a ordem estabelecida por Deus.

Voltando a 1 Tm 2.14, o argumento usado por Paulo não é cultural, ele transporta seu argumento para antes do pecado, usando o evento da queda como alicerce para sua justificativa. Portanto é um argumento teológico, supracultural.

Assim, a verdade transmitida em 1 Tm 2.14 não é que o homem não possa ser iludido e que a mulher pode ser iludida mais facilmente. O fato é que quando ordem de Deus é quebrada, homens e mulheres se tornam vulneráveis as tentações do inimigo. E a vida como planejada por Deus entra em colapso. Nessa perspectiva, pode-se afirmar que a Igreja também será arruinada se abandonar a ordem estabelecida por Deus para a Igreja.

Diante do exposto, minha posição é que o ofício de pastor (ou presbítero) é uma responsabilidade, dada por Deus, exclusivamente aos homens. Eu creio que 1 Tm 2.12-14 dá suporte a bíblico exegético a minha afirmação.

Pr. Wilson Franklim
wilfran@gmail.com

Nota

(1) É importante notar que Adão e Eva estavam juntos o de Gn 3.6 demonstra isso.
(2) BibleWorks 7.0 (Friberg Lexicon ref.13264)
(3) GINGRICH, F.W. e DANKER, F.W. Léxico do NT Grego/Português. São Paulo, Vida Nova, 1991. p.95. Também pode significar calma.
(4) ROBERTSON, A.T. Comentário al Texto Griego del Nuevo Testamento. Barcelona, Clie, 2003. p.571.