quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Um Ano Novo com um choque de realidade

Postado em: "Tempos de Deus", Um ministério de Amor.




Todo ano, em vésperas de Ano-Novo, é a mesma coisa: as pessoas querem ouvir e fazem votos sobre como ser feliz ou sobre como conquistar vitórias pessoais no ano que se aproxima. Nada de errado, mas neste ano desejamos convidá-los a iniciar 2014 de forma diferente, com um choque de realidade.
Ora, irmãos, com respeito ao ano que se aproxima, esperamos que sejam meses de felicidade para todos; de forma muito enfática desejamos a vocês um feliz Ano-Novo, mas ninguém pode ter certeza de que ele será um ano livre de dificuldades. Pelo contrário, tenha a segura confiança de que não será assim, porque, assim como é certo que as faíscas voam para o alto, o homem nasce para as dificuldades (Jó 5.7).
Cada um de nós possui muitos rostos queridos com os quais se regozija – que eles possam sorrir para nós ainda por muito tempo, mas lembre-se de que cada um deles poderá proporcionar ocasião de tristeza durante o próximo ano, pois não existe filho imortal, não existe marido imortal, não existe esposa imortal, não existe amigo imortal, e, portanto, alguns deles poderão morrer durante o ano.
Além do mais, os confortos com os quais nos cercamos poderão tomar para si asas antes que o ano cumpra seu curso. Vítimas de enchentes no Espírito Santo, por exemplo, já emplacarão 2014 com perda total, revelando que as alegrias terrenas são todas como que feitas de neve e desfazem-se com a mais leve brisa, antes mesmo de terminarmos de agradecer sua chegada. Pode ser que você tenha um ano de seca e escassez de pão; pode ser que anos magros e desagradáveis lhe estejam reservados. Sim, e ainda mais, talvez durante o ano que já está quase amanhecendo, você possa recolher seus pés à cama e morrer, para encontrar-se com Deus Pai.
Pois bem, com relação a esse ano que está próximo e suas possibilidades desoladoras, devemos viver cabisbaixos e tristonhos? Devemos pedir a morte ou desejar nunca ter nascido? De modo algum! Devemos, por outro lado, viver de forma despreocupada e risonha em todas as circunstâncias? Não, pois isso soaria doentio nos filhos de Deus.
O que faremos, então? Iremos pronunciar esta oração: “Pai, glorifica teu nome.” Isto significa dizer: se devo perder minha propriedade, glorifica teu nome na minha pobreza; se devo ser roubado, glorifica teu nome em meu sofrimento; se devo ser morto, glorifica teu nome em minha partida; se devo perder quem amo, glorifica teu nome em minha dor. Quando alguém ora nessa disposição, seu conflito finda. Nenhum pavor exterior permanece se tal oração surge de seu íntimo, pois nela a pessoa terá rejeitado todos os presságios fatídicos e poderá, de forma lúcida e tranquila, trilhar seu caminho pelo desconhecido amanhã, afinal, “os olhos do Senhor, o seu Deus, estão continuamente sobre [você], do início ao fim do ano” (Dt 11.12). Deus te abençoe em 2014, através das duras realidades da vida.
Tradução e adaptação de A Golden Prayer, 30 de dezembro de 1877, de Charles H. Spurgeon.

EXTRAÍDO: ADBERJ

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